



Com tratamento e controle, água subterrânea é opção segura para o abastecimento
“O dimensionamento do tratamento, que deve ser feito por profissional habilitado, em química e hidrogeologia, para podermos atingir o resultados desejados e não termos surpresas”.
Existe uma imensidão de água subterrânea. Há 62,7 vezes mais água subterrânea do que toda a água superficial no planeta e 52% dos municípios brasileiros são abastecidos por água subterrânea. O Brasil conta com 2,5 milhões de poços tubulares e 3,5 milhões de poços escavados/nascente, que extraem mais de 18 bilhões m³/ano, segundo explicou José Paulo G. M. Netto, Presidente da ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas e Diretor Executivo da Maxiágua Soluções em Água, no
“Abra Talks”, evento virtual mensal da
Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, quando apresentou o tema “Águas Subterrâneas: Alterações de Qualidade, Tratamento, Filtração e Adequação aos Padrões de Potabilidade”, no dia 12 de maio. “Sem as águas subterrâneas todos os segmentos entrariam em colapso”, alertou.
Em sua composição, as águas subterrâneas podem conter cátions e ânions carreados por dissolução nos aquíferos, no entanto, podem ser tratadas, como ocorre nas águas superficiais. Problemas relacionados com incrustações e corrosão são tratados da mesma forma que para águas superficiais, com a aplicação do ortopolifosfato Econox. Os problemas biológicos se resolvem com a desinfecção dos poços e processos de controle. Mas, segundo o executivo, a grande maioria dos problemas está ligado ao excesso de ferro e manganês, que hoje a tecnologia permite tratamentos muito eficientes com baixo custo.
Ele explicou que os poços são obras que duram cerca de 30 anos ou mais, mas garantem o fornecimento de água e se pagam várias vezes durante este período. “A água na indústria pode custar R$ 25,50 o m³ se comprada da concessionária, e vindo de um poço o custo é ao redor de R$ 0,05 a R$ 1,00 em função de sua qualidade”, afirmou.
Em função do uso, a água subterrânea pode requerer tratamento. “É preciso sempre controlar a qualidade, e clorar para fins potáveis”, disse.
Destacou também a importância da confiabilidade das amostras e análises e do dimensionamento adequado do tratamento, que deve ser realizado por profissional habilitado em química e hidrogeologia. Além disso, é importante considerar o custo de implantação, de operação, a perda de água no processo e a disponibilidade da água, com precisão.
Sobre os parâmetros da potabilidade no Brasil, citou a Portaria GM/MS 888/2021, que estabelece procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e padrão de potabilidade, a qual foi membro da comissão de revisão junto ao Ministério da Sáude.
Ao final da apresentação, convidou a todos para participarem do XXII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, que acontecerá de 2 a 5 de agosto, no Espaço Arca, em São Paulo/SP.
Segundo João Moura, presidente da Abrafiltros “é sempre um prazer ter o José Paulo conosco, principalmente pela abordagem de um tema tão fundamental e que precisa ser valorizado, que é a água subterrânea.
O Abra Talks conta com o patrocínio do Grupo Supply Service e foi dividido em três momentos. Iniciou com Clélio Sepinho, Fundador e Diretor Industrial da CSINTF – Não tecidos e Filtros, abordando o tema “A importância dos Nãotecidos e da sua variedade de composição e estruturas para a filtração”. Em seguida, José Paulo G. M. Netto, Presidente da ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas e Diretor Executivo da Maxiágua Soluções em Água.
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